terça-feira, 25 de setembro de 2012

AS IDEIAS E OS FATOS



É verdade que muita coisa compõe a vida social. Falar de tudo seria inútil e decerto cansativo. Assim, importa aqui discorrer de forma mais contundente acerca de duas dimensões da realidade, quais sejam: o mundo dos fatos e o mundo das ideias. Aquilo a que o pensador Francês Michel Fulcault denominava “as palavras e as coisas”. E, levando em consideração a sabedoria popular, posso dizer que as ideias conduzem ao velho adágio: FALAR É FÁCIL. E as coisas conduzem à dura realidade da advertência pungente: “CAIR NA REAL!” Em nosso Barro Duro, até aqui, os homens e mulheres de ideias não significam nada para cidade. Compõem o res nata romano na política local. Vivem de cogitações vazias que jamais, até aqui ao menos, demonstraram um fio sequer de efetividade no mundo dos fatos. Fala-se de democracia com desenvoltura. Aponta-se, com arte até, a incompetência dos políticos locais. Falam de coisas, mas vivem apenas na dimensão das ideias, mantendo um distanciamento tão grande da vida cotidiana de Barro Duro que é mesmo impossível, assim, cometer erros. Por outro lado, alguns conterrâneos resolveram viver no mundo dos fatos. Aqui as coisas realmente acontecem e esta dimensão da vida social não admite bravata. O senhor Elói, o senhor Deusdete, o senhor Chico Pereira, para citar apenas os mais notáveis, são certamente as pessoas mais amadas e detestadas de nosso Barro Duro. Não poderia ser diferente. Eles estão e estiveram sempre em posição de luta. Erraram muito sem dúvida, porque estão no desconforto da chuva de que nos falara o grande Martin Luther King. Vivem no mundo dos fatos e são importantes em nossa terra. Pessoas representativas da dimensão coletiva, que não ficaram apenas no conforto da vida privada, criticando covardemente os que enfrentam as dificuldades da vida real de Barro Duro. Quero penitenciar primeiro a mim mesmo, confessar-me arrependido de meus erros (típicos de quem só conhecia o mundo político pelo âmbito das ideias). Esse ar impoluto de quem não se envolve na vida da cidade é uma ilusão arrogante. Não admiro mais tanto os teóricos da vida social depois que conheci os práticos, os presentes, os que estão embotados de poeira e barro e, por isso, não podem se apresentar limpinhos e cândidos e unânimes em face da opinião pública. Acho que agora completo minhas reflexões no tocante às DIMENSÕES REPRESENTATIVAS da vida de nossa cidade. E a conclusão a que chego contraria até meu próprio pensamento expresso até aqui neste Blog. Ninguém tem mais legitimidade em Barro Duro do que esses senhores e senhoras que aí estão na batalha diária junto com o povo. Ninguém é mais do que eles, porque eventualmente leu um livro ou outro a mais. Na verdade, hoje acho que todos os que vivem sem se envolver com a vida político-social de Barro Duro são bem menos que nossos políticos guerreiros de Barro Duro, que afinal de contas são quem realmente ajudam o nosso povo. Pela luta diária que têm em meu Barro Duro, quero parabenizar: o senhor João Cota, a senhora Ceiça do Riacho Seco, o Juva, Chico Pereira, a professora Judite, o Júnior do Valdimir, Elói, Jesus pessoa, Irisvaldo, Alberto Leitão, Berval, Rogério, Jesus Parente, Virgílio, Juvenal, Odésia, Douglas, Deusdete, João Paulo e outros. A partir de agora estarei com vocês na luta da vida cotidiana de Barro Duro. Consciente de que FAZER é mais honroso do que CRITICAR os que fazem pela nossa terra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário