terça-feira, 27 de novembro de 2012

A PAIXÃO DOS MENTECAPTOS




Os mentecaptos não carecem de emoção. A razão é fugidia, mas o coração é um guia seguro. Então, o folclórico Buti saía batendo sua lata de goiabada vazia pelas ruas de nosso Barro Duro, despertando os homens do sono, anunciando que a vida corria mundo afora: "Brasília! 9 horas, a imprensa da capital federal acabou de divulgar mais um boletim sobre o estado de saúde do presidente Tancredo Neves..."Já o pernambucano Floriano caminhava aflito no mercado municipal, balbuciando delírios de amor passado, mas consciente de que queria viver e morrer em nossa terra. Só o amor transcende os espaços intangíveis da memória e alcança um local seguro em que nem a alienação mental faz o homem de sua terra se desprender. Em 05 de dezembro de 1962, as leis conferiram ao nosso lugar o status de município. "Aqui sempre foi bom", dizia-me com emoção o mestre Umbelino Cordeiro do Nascimento. O município chega a meio século de emancipação com muito a ser feito no tocante à execução de políticas públicas. Mas, às vezes, temos a impressão ingênua de que a vida está completa. Em dezembro os encontros dão o tom colorido da emoção. A gente fica com aquela sensação de que é possível melhorar a vida das pessoas daqui. Nossa terra querida onde até os mentecaptos cantam e de onde jamais tencionam sair. Salve Barro Duro de nosso coração. "Os poetas e cronistas esquecidos" jamais se esquecem de ti, amado lugar. Nem que a luz se apague ao meio-dia, nem que a lua perca o romantismo original, nem que para o amor não aja uma recompensa, este é meu canto de alegria por teus dias, minha terra querida sem igual.                   

2 comentários:

  1. Professor José Soares, que texto bem escrito. Cada dia você você escreve melhor. Gostei muito de ler um pouco sobre a história de seu torrão.

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  2. Irmão, você gosta muito de Barro Duro, mas Ele também gosta muito de você. Sempre que estou por lá ouço muita gente falar bem de ti e espressarem com um sorriso no rosto a alegria de receber seus cumprimentos, seu cordial aperto de mão e suas conversas sobre a cidade. A questão é que temos procurado quem não nos quer ver e falado com quem não está interessado em nos ouvir, Aquelas pessoas sim representam o que há de melhor em nossa cidade. Edilson Soares.

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